27 abril 2008

Trabalho de CP

Para começarmos a análise das possíveis diferenças no terrorismo através dos tempos, temos que dar exemplos de várias épocas e assim tentar compreender o modo de funcionar do terrorismo.

Penso que o conceito de terrorismo em si mudou. Por exemplo, no tempo dos ataques terroristas para retirar o Czar Alexandre, o segundo, do poder, várias acções foram canceladas para evitar mortes desnecessárias de inocentes. Daqui tira-se que neste momento, terrorismo não era apenas terror. Os ataques eram escolhidos para um certo e determinado grupo de pessoas. Nesta altura eu diria que o terrorismo era uma forma de desmantelar o poder de uma maneira radicalista por grupos organizados.

No entanto, começou a tornar-se mais difícil mudar a forma de governo através da morte de um grupo certo e determinado de pessoas, pois começou a tornar-se mais fácil o Estado compensá-los de modo a manter a ordem. Então, começaram a surgir atitudes mais desesperadas. Veja-se por exemplo o caso em 1912 quando um grupo de macedónios, com hostilidades com a Turquia, colocou bombas em comboios. (Pela minha pesquisa, este é o 1º acto de terrorismo considerado “terrorismo actual”). Aqui o terrorismo já é uma forma de atentados a vida humana indiscriminadamente para forçar governos a desmoronarem-se. Ou seja, apenas encontro a diferença dos alvos selectivos ou não. No entanto, violência não deixa de ser violência e assim mesmo, são os dois terrorismo.

Penso que o que define o terrorismo mais precisamente é isto: “o terrorismo é uma acção violenta que procura, mediante a espetacularidade do acto, provocar na população uma reacção psicológica de medo, um pavor incontrolável, o terror. Ele não é um fenómeno novo, é tão velho quanto a própria guerra, a mesma que acompanha a sociedade desde os seus primórdios.” de http://www.universia.com.br/html/materia/materia_eija.html (nota: apenas concordei com uma parte deste texto), esta, para mim, é a descrição perfeita de terrorismo.

Afinal, terrorismo até é um acto de guerra! A meu ver, a guerra é sempre uma divergência de opiniões, é assim que elas começam. O terrorismo é uma diferença de opiniões tal e qual como a guerra. Crenças, diferenças, orgulho, patriotismo, tudo isto leva a guerra ou terrorismo. Agora quando me perguntam se acho o terrorismo um acto reprovável mesmo sabendo que provoca a morte de inocentes, eu respondo “sim, mas a guerra em si é um acto reprovável, onde também morrem inocentes, que nada têm a ver com o assunto!”. O terrorismo é uma arma de guerra. É tão estranhamente simples como isso. Vamos criar duas situações: Espanha invade Portugal e temos guerra para nos proteger, onde morre muita gente que nunca quis guerra; ou Espanha toma conta de Portugal e os portugueses lutam pela sua independência e outras mortes de inocentes acontecem. No segundo caso, a luta vai envolver terrorismo de certeza absoluta. É tudo uma maneira de vencer.

Se existe diferenças entre o terrorismo “antes e depois”? Duvido seriamente. Podem ter existido grupos terroristas que queriam evitar matar inocentes, mas aparte essas raras excepções (e muitos acabam por matar na mesma inocentes), o terrorismo é tudo o mesmo: luta.

Vamos pensar no caso Islâmico que toda a gente fala… Sobre o nosso ponto de vista é horrível, matar tanta gente apenas por fanatismo puro e mentalidades diferentes! E para eles? Para eles as vítimas serão algo semelhante a coisas que precisam de ser erradicadas, para “limpar” o mundo, para um bem maior. Aí é que está! O terrorismo é errado? Isso depende das mentalidades das pessoas! Para uns é certo, para outros é errado. No tema de ser perderem vidas…é sempre errado, mas muita gente pensa que é um sacrifício a fazer-se pelo bem maior.

Terrorismo no fundo é outra maneira de guerra, mas tem uma força implícita na palavra muito negativa pois é algo que chama a atenção e ataca de surpresa. Provoca escândalo e as pessoas nem se apercebem que o mesmo se passa por todo o mundo, mas sem a atenção toda que o terrorismo provoca.

As diferenças entre o terrorismo do passado e o terrorismo mais recente são inexistentes, visto que o terrorismo é feito para vencer instaurando medo no interior das pessoas. Não digo que o acto de terrorismo seja reprovável no entanto, qualquer acto de violência é reprovável, o terrorismo é só mais um.

Sitiografia: http://www.espacoacademico.com.br/021/21bandeira.htm

http://omundoactual.blogspot.com/2007/11/o-terrorismo-por-susana-simes.html

http://jomjo.blogspot.com/

19 abril 2008

O CARALHO QUE não PODEM!

Como no outro dia escrevi o texto "O CARALHO QUE PODEM" e teve tanto sucesso embora só tenha estado online durante 1hora e 30minutos, decidi fazer o reverso hoje. Nota: vão ler muitas vezes a palavra... CARALHO. (Sim, que falta de 'finesse', mas é apenas porque as 'massas' gostaram)

Tenho reparado, que as pessoas dão defeitos nos outros e que acham que têm esse direito. E eu concordo. Algumas pessoas dizem que não temos o direito de notar defeitos nos outros... O CA-RA-LHO. Na verdade, a única coisa que não podemos fazer é condenar essas pessoas pelos defeitos, mas podemos perfeitamente faze-las notar os defeitos. Aliás, só assim é que as pessoas podem tentar melhorar. Afinal de contas, posso ter um defeito e nunca reparar que o tenho.

No outro dia, vi um amigo virar-se para uma amiga e dizer "Já reparaste que andas a mandar em toda a gente?" e ela -sendo religiosa e tendo uma paciência do tamanho de uma sub-divisória de um átomo- responde assim "OLHA, SE DEUS É O ÚNICO SER QUE TEM A CAPACIDADE DE VER DEFEITOS E NÃO O FAZ, NÃO ESTOU A VER PORQUE TU O PODES FAZER!"...bom, claro que o mau amigo ficou logo calado e incomodado (honestamente, o que ela disse sobre Deus nem me fez sentido mas deixar passar). Deixando Deus fora disto, qualquer pessoa tem o direito de fazer notar os defeitos de outros, e a outra pessoa (supondo que todo o ser humano se tenta melhorar) aceita e passa à frente. Desde que seja um comentário de vez em quando, não chateia ninguém.

Acho que acima de todos os defeitos que uma pessoa pode ter, o pior será sem dúvida, não aceitar os próprios defeitos. Por isso, o caralho que não podem falar dos defeitos! O caralho que não têm direito de o fazer! O caralho que não devem! Afinal de contas, podemos ouvir os nossos defeitos e melhorá-los! Esse é o verdadeiro sentido de orgulho! Orgulho não é achar que tudo está bem connosco, orgulho é conseguirmos estar sempre melhores!

Nota para a minha amiga: tenho quase a certeza que Deus, se existe, quereria que melhorasses a tua personalidade, mas ele deixa isso à tua conta.

10 abril 2008

PNP/BDP uau...

Dedicado ao meu Professor de Ciências Políticas, que (penso eu) felizmente não conhece este grupo de tristes...

Tenho aqui umas perguntas a fazer. Recentemente (não porque falem muito dele, mas porque me dou com gente estranha) tenho ouvido falar de um partido sem "força" no seu meio mas que parece ter um objectivo. O Partido Nacionalista Português/Bloco da Direita Portuguesa. Similar ao Partido Nacional Renovador em muitas formas. Este partido PNP/BDP é claramente extremista e quer uma mudança incrivelmente radical neste nosso país e dar uma nova força a Portugal em termos políticos - e de tudo o resto. Mas sim, dá para ver que são radicalistas, mas o melhor está para vir! É que não se contentando com a figura de ursos que fazem ao escrever duas frases, escrevem muitas mais quando se descrevem. Descrição essa que me fez não conseguir de deixar de notar como são retrógradas! São "os Soldados Políticos Espirituais, Cruzados do século XXI, dedicados a combater as forças do mal.".

Sim, leiam isso. Estes tipos são medievais! Outra coisa notável é que eles consideram-se uma força moral, ao decidirem o que é melhor para "nós" e dizerem que vieram salvar-nos das forças maléficas. Eu só quero dizer uma coisa..."LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL!!!"
Experimentem ler esta frase com a voz de um monarca, de um ditador, de um magnata do mundo da droga...é hilariante! Mas acham que isto é ridículo?! Oh meus amigos....temos mais! Muito mais!

Têm o sonho de terminar o "saque e a colonização de que Portugal é vítima, queremos acabar com os impostos e sair da União Europeia." Uau, que nobres...E isto deixa-me a pensar...QUAL colonização é que querem acabar?! TIPO, NÃO TEMOS NADA. Querem acabar com a espanhola? Ou a Norte Americana? Passando esse pormenor à frente, querem acabar com os impostos...bem, isso deixava toda a gente feliz...o que me leva a pensar "como é que eles sustentam as despesas que irão fazer?" é que, eu lembro-me vagamente de alguém me ter explicado QUE O DINHEIRO NÃO CAI DO CÉU. Sim, e boa ideia, vamos sair da UE que é o único sítio de onde tiramos ideias e dinheiro, aproveitamos e vamos todos arrumar carros para Espanha também!

"Nós não somos, nem desejamos ser complacentes como batatas no sofá que só desejam na vida estar confortáveis, beber cerveja, ver televisão e ter tempo só para divertimento, há muitas mais coisas na vida do que isso." Estes tipos têm uma coisa boa...a comédia. Se bem que de facto existem mais coisas na vida...ora...formar um partido com o objectivo de dar umas gargalhadas ao pessoal? Espera....isso é divertimento. Enfim, mas eu imagino, que estes tipos no poder, não se agarravam ao poder, dinheiro e aos seus ecrãs plasma como se fossem lapas! E isto deixa-me a pensar...quem é esta gente? 'Zé Povinhos' em versão estúpida e sem ironia?

Querem também "terminar com a ênfase materialista, hedonística, egoísta e carnal que certos elementos satânicos estão a impor na nossa sociedade." isto ao menos é honroso, mas eu não estou bem a ver de quem é que eles estão a falar. A mim ninguém me impôs nada. Se estão a falar da Opus Dei ou assim, têm todo o meu apoio. Agora se estão a falar de miúdos góticos...meus amigos do PNP façam um favor ao mundo e deixem de existir. Eu também notei isto, eles querem o "regresso aos Valores Tradicionais da velha sociedade cristã Portuguesa focada em Deus,na Família e na Pátria." Antes ou depois de voltarmos ao Salazarismo?! Então este não era o lema, o logótipo de Salazar? Estes tipos andam uns séculos atrasados!

Agora vou começar a terminar este post que está a ser muito grande...mas vem aí o que eu mais gostei! "Nós queremos a dissolução de todos os pactos e blocos políticos, económicos e militares, para que todos os Estados possam ser realmente independentes, depender dos seus próprios recursos e viver sob uma nova ordem internacional." Eu quero perguntar-vos, caros amigos, SE VOCÊS NÃO SÃO UM PARTIDO SIM?! Gostava de ver o PS ou o PSD a acabar com todos os partidos, incluindo O VOSSO.

Introduzir "nas escolas e universidades as classes de Religião e Moral como disciplina obrigatória para os jovens e adultos. Querem voltar a introduzir a Bíblia,os dez mandamentos e rezar nas escolas e que os estudantes compreendem que a ética Cristã é a base da nossa sociedade e o mais alto ideal ao alcance do homem." Vocês podiam era também voltar à escola, porque essa frase está muito mal construída. Outra coisa, fanatismos religiosos, quero lá saber, podem rezar o que quiserem, mas obrigar outros a fazerem o mesmo é DITADURA.

Eu tinha muito mais por onde pegar, mas é melhor não, senão ainda me passo e vou a procura desta gente com uma faca de cozinha.

08 abril 2008

A Verdade Fala Silenciosamente

Quase toda a gente já viu o filme Scarface. É um filme com muita qualidade e muitas mensagens escondidas. Tony Montanna é o vilão, personagem principal e no fundo, uma boa pessoa. Leva uma vida de subida à fama e ao sucesso e depois a sua queda. Entramos na queda e as verdades são ditas. "Zangam-se as comadres, contam-se as verdades" é um bom provérbio português. (Isto a ser relatado vai parecer telenovela, mas passem esse pequeno pormenor estúpido à frente e leiam!)

Num certo momento do filme Scarface, o Tony (personagem interpretada por Al Pacino) discute com a mulher Cesca, num restaurante. Neste momento, o álcool liberta a língua de Tony e o que é dito em fúria quando a mulher abandona a cena e fica com o seu amigo Manny é isto:


(Fala para as pessoas a jantar)

"You're a bunch of assholes. And you know why? You need people like me. You need people like me so you can point you fucking fingers and say 'thats the bad guy'. So what does that make you? Good guys? Don't kid yourselves. You're not better'n me! You just know how to hide....and how to lie. Me, I dont have that problem. I always tell the truth, even when I lie."

Pensem nisto. Reflictam. Não é o que fazem sempre? Tem de haver alguém para culpar. Vivemos à base de isso e nem notamos. Podem até não notar mesmo depois de vos terem chamado a atenção porque já faz parte de nós e nem o reconhecemos.

Mais vale criminoso e 'honesto'? Olhem que eu não sei não é melhor... é assustador, mas tenho certas dúvidas... Claro que podem ser 'honestos' e não serem criminosos, e isso seria o melhor possível e eu espero honestamente que o sejam... porque eu só sou em parte e vejo como é mau. Somos escória e não queremos saber. Em termos de etiqueta, encontramo-nos abaixo de todos os outros animais e temos orgulho de isso.

07 abril 2008

Complicam Porquê? É simples.

(Não stressem, que este texto não tem exemplos da razão pela qual escrevi isto)

HONESTIDADE GENTE!

Bom... adiei isto por muito tempo...mas penso que está na altura e não tenho como escapar. Vamos falar do pior tema de todos: amor --'. Admito que não é uma coisa que eu goste muito de falar e não penso que eu deva ensinar nada a ninguém, até porque não tenho esse direito. Mas, nestes últimos dias certas pessoas vieram-me pedir ajudar ou só perguntar ou debater certas questões relacionadas com este tema (quem é e está a ler vai achar isto engraçado) e como tal, penso que deveria de sumarizar tudo o que aconselhei e acredito ser verdade.

Qual é a maior falha para quem deseja um relacionamento? É o medo de falhar. Para isto, apenas existe uma coisa que vos posso perguntar: "Gostariam de prolongar isto até nunca mais e não chegar a saber? Não, pois não? Então ultrapassem o medo e digam e façam tudo o que precisam". Honestamente, conseguiam nunca ficar a saber? É incrivelmente libertador fazer isto e ficamos sempre orgulhosos e nós, seja qual for a resposta.

Outra coisa que eu acho incrivelmente necessária: agir de acordo com a nossa pessoa. De que vale nos comportarmos de maneiras diferentes com as pessoas de quem gostamos? Mas afinal, por quem querem que ela se apaixone? Pela vossa pessoa, e não pela pessoa que se fazem ser. Se alguém se apaixonar pela vossa pessoa 'falsa', sentem sempre algo mau, e não conseguem atingir a felicidade dessa relação.

Não me interpretem mal: qualquer pessoa muda. E é isso mesmo que têm de fazer. Mudarem-se para algo mais agradável, mas sempre mudarem, serem honestos com a vossa mudança e agir naturalmente. Penso que é o facto de as pessoas mudarem que faz possível tantas relações no mundo.

Para qualquer coisa funcionar (seja em que área for) é preciso coragem e compreensão. A coragem existe para nós tomarmos a decisão de executar certas medidas, sem hesitação. E só assim, podes estar à altura do acontecimento. Compreensão porque é uma relação, e como tal, cada lado tem de ter exactamente o mesmo poder que o outro, e é necessário compreender o próximo. Senão, tudo acaba em discussão.

A mentalidade "se eu fosse". Esta técnica, embora nao resulte sempre, é a melhor maneira de ver o ponto de vista do próximo. "Se eu estivesse no lugar..." e "Se eu fizesse como..." entre outros é uma solução extensível até certo ponto.

Basicamente, eu acho que para se ser um bom namorado ou namorada, são precisas umas qualidades específicas também, facilmente atingíveis. Calma, paciência, pensar bem (! não consigo sequer começar a explicar como esta é importante!), explicarmo-nos ao próximo, e capacidade de ouvir. Sem isto, terão sempre problemas, segundo a lógica humana xD. Existe mais a dizer sobre o amor, mas o que está neste texto, encontra-se a abordar uma relação já perfeitamente saudável.

Caso pensem que eu deveria abordar mais algum lado/versão ou assunto digam por favor! E é acrescentado neste texto. Muito Obrigado e bom resto de dia.

04 abril 2008

Ideologia, a outra coisa!

Após o grande spam que fiz sobre cultura, senti necessidade de fazer um certo seguimento e resolvi colocar algo sobre ideologia, afinal estes dois conceitos estão ligados. Devo já dizer que, mais uma vez, inspirei-me no mágnifico e um bocado confuso Sr. Clifford Geertz. Aconselho, vivamente, a quem tem tempo e está numa de aprender qualquer coisa, a ler os seus ensaios.

Falemos de ideologia em relação a uma cultura dominante e, depois, liguemos o ideológico a questões de sexo, raça e etnicidade.
Antes de mais, o próprio termo “ideologia”, segundo Clifford Geertz, tornou-se ideológico enquanto que para Sartre, o termo “ideológico” restringia-se a “engagé”, ou seja, a ideologia como factor político.
Algo torna-se ideológico quando está ligado a uma dada ideologia. Por exemplo, um discurso torna-se ideológico porque este pratica uma ideologia. Geertz acredita não só na falsa oposição entre o estético e o político, afirmando que ambos são de representação simbólica como também na ideologia de forma a contrariar a ideia de que a cultura primitiva e a cultura civilizada são opostas.

Podemos tomar como cultura dominante os Estados Unidos da América. Reparamos que a cultura americana é profundamente ideológica, em vez de a sua ideologia ser política, a sua política é ideológica, talvez porque foram vistos como uma utopia e uma segunda oportunidade para muitos, afinal, os Estados Unidos da América são considerados como a terra da oportunidade. Essa mesma oportunidade e a ideologia fundiram-se numa cultura baseada em sistemas de representação simbólicas.
E então, até que ponto podemos afirmar que o quotidiano proporciona o exercício ideológico? Quanto à questão do sexo, da raça e da etnicidade; o sexo é ideológico na medida em que foi e é a ideologia que nos faz estabelecer os papéis de cada género sexual. É a ideologia que fornece a ideia de que, por exemplo, o homem é superior à mulher. A raça é um instrumento para identificação cultural. Hoje em dia, os Estados Unidos da América são os que mais usam este termo para a distinção entre a sua população. É através do ideológico que dividimos os povos em vários tipos de raças, permitindo-nos uma identificação facilitada e uma rápida ligação entre o indivíduo e a sua cultura. A etnicidade é a divisão da sociedade em grupos através de características comuns. A identidade étnica de um grupo de indivíduos é caracterizada pela sua estrutura física, pelos seus nomes, e todo um conjunto de factores ligados directamente ao ideológico. Por exemplo, é através da ideologia criada à volta dos ciganos que nos permite distinguí-los como um grupo étnico específico.
A ideologia existe em tudo. O nosso mundo move-se com base em ideologias. Comer com talheres, vestir, etc são exercícios ideológicos. O nosso dia-a-dia é a reprodução de uma ideologia. É a ideologia que determina a posição de um indivíduo na sociedade. É a ideologia que define a própria sociedade. Creio que posso afirmar que o nosso quotidiano é um exercício ideológico. Mas há que ter cuidado com esta afirmação. O nosso quotidiano está sempre em movimento, logo estamos sempre a experiênciar novidades que nos alteram. Mesmo tendo consciência de que algumas ideologias mantêm-se de geração em geração, há sempre algo que as altera, até porque segundo o ditado, quem conta um conto, acrescenta um ponto, ou seja, a ideologia não se mantém estática, ao longo do tempo também se vai alterando. A ideologia, a meu ver, é algo que se vai alterando consoante as nossas vivências, a nossa aquisição de conhecimento, o nosso convívio. Portanto, a ideologia está sempre em constante mutação. A ideologia é um fenómeno social e cultural. Desde o momento em que nascemos até à data da nossa morte somos afectados pela ideologia, é algo que se funde connosco involuntáriamente. A ideologia faz parte de nós.



(Agradeço a atenção e a paciencia por me leres até ao fim).

Nota: Eu gosto de falar destas coisas chatas!