29 fevereiro 2008

Francamente Inferiores

Quem é que consegue dizer que é boa pessoa ao gozar constantemente alguém? Ou usurpar constantemente do poder?

Quem é que se pode afirmar minimamente decente como pessoa quando transforma a vida de outros num inferno? Quando fazem acções erradas sem necessidade, por pura maldade? Desde que se divirtam, tudo serve? Por vezes nem se divertem e fazem-no! Não se sabem colocar na posição do vitimado? Mas afinal quem são estas pessoas? Será que nunca sentiram o reverso da moeda? Se calhar é mesmo esse o problema. Ou nunca sofreram o que provocam aos outros, ou nunca levaram as consequências de o ter feito.

O problema é que algumas pessoas sentem-se superiores ao tomarem essas acções... Claro que uma pessoa não pode tomar justiça e castigá-los fisicamente, porque isso é correcto e incorrecto ao mesmo tempo. Então que podemos fazer senão apelar à consciência deles? Nada... Por isso, aqui fica o apelo para algum que me possa ler...

Francamente Inferiores.

25 fevereiro 2008

Efeito Borboleta (Porção da Teoria do Caos)

Toda a gente conhece a Teoria do Caos a partir daquele exemplo perfeito da acção e reacção: “Uma borboleta a abanar as asas numa floresta na Amazónia, pode provocar um furacão devastador no outro lado do mundo”, a circulação de ar provocada pelas suas asas, provoca uma mudança nas outras correntes de ar e por aí fora, até que essa reacção à acção (abanar as asas) atinja proporções astronómicas de força. Não é ridículo pensarmos que uma borboleta pode matar centenas/milhares de pessoas? Claro que é, mas a vida é isso mesmo, uma ironia constante. Sentimo-nos superiores, fortes e nem damos importância física nenhuma a um animal tipo a borboleta, mas ela na verdade tem muito mais poder do que imaginamos depois de desencadear uma reacção. Estranho.

Então, vejam se não é possível adequar a Teoria do Caos à vossa vida toda! Vocês são a reacção das relações sexuais dos vossos pais. A vossa aprendizagem vem toda das acções dos vossos pais e das vossas próprias (acções estas -dos pais e vossas- que já são reacções de outras acções quaisquer). Podemos ligar isto a todas as vossas acções até este preciso momento. Na verdade até podemos fazer o contrário e podemos ligar isto tudo até ao Início. Podemos retroceder até à Criação do Universo.

Sinto já algumas pessoas a argumentarem “oh, mas eu às vezes decido mudar”, e a isso respondo “vocês só foram capazes de decidir mudar porque anteriormente, existiu uma acção que vos alterou, provocando uma reacção, senão nem tinham a capacidade de mudar, fosse sobre que assunto fosse” . A verdade é que tudo o que define este mundo foi criado por seres humanos, para organizar pensamentos dentro do cérebro; vejam como somos idiotas criativos! O tempo… não existe por si só, foi uma invenção humana. Um modo de organizar a nossa mente para definir acções que já ocorreram, estão a ocorrer ou irão ocorrer. E claro, alguns génios - sem sarcasmo, eram mesmo génios - (como Einstein) descobriram que afinal o tempo não é algo assim tão imutável (entre outras coisas). Claro que não é imutável, porque a sua origem é humana. O tempo foi uma maneira de organizar a Teoria do Caos por exemplo. A acção e reação que é o movimento planetário, que faz o dia e a noite, é impossível de organizar e perceber sem a noção de “tempo”. Apenas com a invenção do tempo é possível desvendar muitos segredos do Universo. O mesmo se passa com a matemática, que por ser uma ciência exacta, alguns dizem ter sido Deus a criá-la…meus amigos…nem por sombras. A matemática foi criada por humanos e a justificação para o facto de ser uma ciência exacta é que nós trabalhamos tanto nela, que chegamos a valores muito perto dos verdadeiros (valores mesuráveis). Inventamos e trabalhos para justificar e compreender. Tudo porquê? Porque ganhamos essa capacidade devido à Teoria do Caos e porque tentamos compreender o Caos em si.

É até irritante pensar o quão básicos somos na verdade e o quão complexos tentamos ser. Tudo deriva de algo… Mas existe algo positivo aqui a observar. Existe tanto a possibilidade de uma pessoa mudar o mundo, como milhões não fazerem a mínima diferença. Sabem que o controlo é reduzido, mas este controlo existe e dele podem fazer muito a partir de pouco. Obviamente que podem rejeitar a Teoria do Caos por si só e isso tira todo o fundamento ao meu texto, mas honestamente não vejo com que bases é possível argumentar esta Teoria errada…

Basicamente, a Teoria do Caos é maior que apenas o Efeito Borboleta que vos falei, mas isso daria um post gigantesco. Assim, fica resumida a minha ligação de Acção e Reacção com a Teoria do Caos.

Conclusão: Se a Teoria do Caos mostra alguma coisa é que o Caos não existe! A não-existência do caos é que nos dá e tira controlo da nossa vida ao mesmo tempo. Na perspectiva de viver, podemos tomar acções esperando que a reação seja a desejada (embora possa sempre ocorrer outra). Na perspectiva do pensamento puro e racional, não temos controlo da nossa vida de modo algum.

Post Script: Isto é uma Teoria e não uma Verdade, por isso, calma com os comentários se não gostarem da Teoria do Caos.

15 fevereiro 2008

O que é que nós somos?

-isto não é o mesmo para todas as idades-

Perguntamo-nos o que somos ou quem somos. Nós somos os que foi feito de nós. Somos o que o mundo fez de nós. Não é por acaso, que uma criança que cresça num bairro e outra que cresça numa casa senhorial, venham a ser indivíduos totalmente diferentes. Mesmo a mente menos influenciável é mudada pelo ambiente, nem que seja porque cresceu num sítio silencioso, calmo e pacífico ou então num sítio barulhento, stressado e agressivo. Todo o vosso ódio a certas pessoas, deve ser controlado, porque pensem assim 'elas são o que o mundo fez delas, em verdade, a culpa não é delas'. Algumas mudam, outras nem têm essa capacidade devido à maneira incorrecta que foram educados.

Nós somos tudo o que se encontra à nossa volta. Somos todas as emoções porque como seres humanos somos capazes de todas as emoções (quer as rejeitemos ou pura e simplesmente tenhamos pouca tendência, somos sempre capazes). O ser humano age como uma esponja. Não é intencional, as mudanças de atitudes ou atitudes repetitivas, mas é uma parte da mente que, ou se sente fascinada, ou quer-se adequar ao resto. A própria capacidade de racicionar filosoficamente sobre este assunto (e tanta gente que o faz!), é apenas algo incutido por alguém na minha infância que me 'marcou' (-imagino eu, acho difícil algumas começarem a fazer isto só porque "sim"-).

Nós somos os acontecimentos. O que se passa à nossa volta, por mais insignificante que possa parecer, provoca sempre uma diferença na nossa pessoa, infinamente pequena ou até colossal.

Não existem pessoas "especiais", como alguns idiotas afirmam. Temos apenas diferenças físicas, em termos da nossa mente (se não tivermos nenhuma deficiência que nos altere a nível genético) somos iguais. Uma grande e única massa de potencial, bem usado ou não. Numa sociedade que tenta que tudo seja igual e tudo seja um 'ideal' (graças às maravilhas da economia e publicidade em massa) saem pensamentos que querem contrariar o Uno e serem "diferentes" à nascença. Na verdade, somos todos iguais e temos todos o mesmo potencial. Alguns têm a vantagem de o ter despoletado na infância, outros apenas têm treinar as suas capacidades. O que nós somos é um animal (racional e irracional ao mesmo tempo) que tem a grande capacidade que é a de imitar e aprender.

A nossa inteligência serve para evitar a violência desnecessária. Com uma boa educação (e influências), as pessoas não cometem más acções. Não podemos culpar as pessoas, nem a sociedade, podemos culpar quem então? Ninguém. É isso mesmo que as pessoas não estão a ver, não se pode culpar ninguém. Apenas podemos fazer os possíveis para corrigir os erros de outrem. O melhor que podemos, não digo que as pessoas não podem mudar, mas digo sim, que grande parte das pessoas foi feito a partir de momentos nas suas vidas que os levaram a mudar. Ninguém muda, o que à partida acham que está bom. Basta apenas verem, que não foram ensinados a verem que aquele determinado comportamento é errado. "Nós" é que temos de ter consciência do que é possível ou não mudar, e do que deve ou não mudar. (E não se preocupem se o meu tipo de pensamento, é comunista, liberalista, socialista(?), democrata, etc...) Nós temos todos as mesmas possibilidades mas podem ter sido bem ou mal usadas. Não me vão dizer que alguém que esteja a passar fome, se vai dar ao luxo de pensar sobre estes temas! Alguém que passe fome, está à procura de comida e faz tudo (mesmo que imoral) para o obter! É neste aspecto, essa pessoa, pode até nem ter culpa de estar a passar fome, mas a culpa pode vir do sítio onde nasceu e como foi ensinada! Como regra de sobrevivência, vai fazer de tudo para comer. -isto foi um exemplo radical, mas vejam que mesmo outros exemplos, é quase sempre levado à educação e influências-

Influenciados por tudo. Pelas temperaturas do local onde vivemos, pessoas, qualidades geográficas do terreno, tradições, etc! Nós somos, o que tudo o resto nos torna.

Nós somos acção e reacção: uma equação.

(Hoje estou um pouco confuso, qualquer erro ortográfico, façam favor de me avisar se faz favor)

12 fevereiro 2008

Tipos de Vitória

Agora, estamos quase a terminar a nossa aventura pelos perigos da luta. Então, só vos falta....ganhar. Não me interpretem mal. Existem vários tipos de vitória! Aquela vitória física, a psicológica, a psicológica que apenas existe para nós, a psicológica que apenas existe para uma ou um pequeno grupo de pessoas, a falsa vitória física, etc....
Mas, seja como for, quando lutarem, façam-no para ganhar. Porque o vosso adversário não vai ter pena de vocês (à partida). Tenham controlo, claro, mas não deixem de atacar ou defender de certo modo porque têm medo de magoar o adversário demaisiado. Façam tudo como fariam se tivessem a lutar pela vida (por vezes estão e nem o sabem!) e quando chegar a altura de acabar, tudo depende do vosso controlo. O controlo é algo adquirido apenas através de treino. Tudo o que importa no combate é adquirido por treino. Até certas emoções só são atingidas a treinar! (Aqui 99% das pessoas não percebeu, mas isso seria tema para outro post, e tão cedo não volto a meter artes marciais "ao barulho".)

Regra do Perigo da Luta nº 1: Lutar para ganhar.

10 fevereiro 2008

Sentir o Adversário

Em cada movimento feito, é necessário sentirmos como o adversário se sente. É preciso sabermos se ele está com medo, confiante, irritado, lógico, inspirado, regulado, a controlar-se, distraído, etc...
Não podemos habituarmo-nos a lutar sempre do mesmo modo, pois cada adversário é diferente e é diferente todas as vezes que o encontramos. Nunca existem duas lutas iguais, então porque nos haveremos de habituar a lutar sempre do mesmo modo? Cada adversário tem uma certa mentalidade em combate (quer ele se aperceba ou não). Temos de nos aperceber a mentalidade que ele tem no momento, e usá-la contra ele. Por exemplo, se for raiva, provocá-lo mais, para usarmos os movimentos rígidos (provocados por esse estado psicológico) contra ele. Se a mentalidade no adversário no momento não nos agrada e é superior à nossa, temos de a mudar, a partir de palavras, ataques ou defesas, de modo a irmos mudando a presença em combate dele.
Sentir o adversário e manter a sua mente no nosso controlo significa uma enormíssima vantagem no combate. Temos de manter a nossa mente e corpo sob controlo para podermos controlar a de outrem.

Regra do Perigo da Luta nº2: Sentir o adversário.

05 fevereiro 2008

A Calmaria Antes Da Tempestade

Um adversário forte não vem ter convosco aos gritos. Isso significa estar a dar o que tem a partir das palavras e um adversário forte tem muito mais do que isso. O adversário mais forte que podem apanhar estará calmo até ao momento de lutar. Estará a estudar todas as posições, hipóteses, terreno e falhas. Um adversário forte tem a calmaria antes da "tempestade", e vocês sentem-no. Um adversário fraco traz tudo e só sai "chuva". Explosão, técnica e inteligência, tudo isto aliado à calma e concentração. Isto é o significado de cumprir as regras base do perigo da luta: Cada segundo conta. Cada acção e palavra mal-posta conta. Cada piscar de olhos conta. Cada respiração mal-feita conta.

Regra do Perigo da Luta nº 3: Calma e concentração.

04 fevereiro 2008

Desistir?! Prefiro Morrer!

"Não tens jeito." ...

"Até podes gostar, mas não vais a lado nenhum, começaste muito tarde" ...

"Já te magoaste estás a ver? Deixa lá isso" ... "Ainda não desististe?" ...

" 'Tá bem, já melhoraste um bocadinho, mas foi muito treino e pouca evolução, não tens mais nada que gostes?" ...

"Quantas horas praticas por dia? ...Isso é ridículo! E ainda só estás assim?" ...

"És teimoso, deixa-te dessas coisas..." ...

"Agora estás mais ou menos, ainda não percebi porque fazes isso, se não tens jeito..." ...

"Hum... Interessante, levaste quatro anos a fazer isso?" ...

"Ui, comé que isso se faz?" ...

"Altamente! E fazes isso com um pé?!"

"Que cena marada! Tens mesmo jeito para isso!"

"Como? Ficaste no topo do ranking?! Parabéns! Grande talento, hein?"

As vezes que já ouvi isto ao longo dos tempos...

........... É assim que as coisas funcionam, agora depende de nós aceitarmos fazer figuras tristes para concretizar os nossos desejos... Basicamente, até podem MESMO não ser talhados para o que querem fazer, mas isso so significa que em vez de praticar 2 horas por dia, pratiquem 4 ou 5.